Tireoide Nódulo de Tireóide
VoltarLocalizada no pescoço, com um formato de borboleta, é a responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, que quando lançados na corrente sanguínea chegam a todas as células do corpo
O que é a Glândula Tireóide?
Localizada no pescoço, com um formato de borboleta, é a responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, que quando lançados na corrente sanguínea chegam a todas as células do corpo, ajudando no funcionamento geral das mesmas, fazendo o corpo manter-se aquecido, e órgãos como cérebro, coração, músculos e outros com funcionamento normal.
O que é um Nódulo da Tireóide?
O termo se refere a um crescimento anormal de células da tireóide que formam uma protuberância dentro da glândula. A vasta maioria é benigna, porém em alguns casos pode se originar de células malignas. Em busca de dignosticar e tratar o câncer da tireóide nos seus estágios mais precoces, todo nódulo merece investigação detalhada e acompanhamento endocrinológico.
Sintomas de um Nódulo na Tireóide, quais são?
Na maioria dos casos não há nenhum sintoma, raramente podem levar a dor, dificuldade para engolir e/ou respirar, ou rouquidão. Quando produzem hormônios em excesso podem levar aos sintomas do hipertireoidismo.
O que causa um Nódulo na Tireóide?
Por volta dos 60 anos de idade cerca de metade das pessoas tem ao menos um nódulo na tireóide, em sua vasta maioria benignos.
O câncer de tireóide pode ser uma das causas de nódulos na tireóide, mas representam menos de 10% de todos os nódulos encontrados, isso quer dizer que 9 em cada 10 nódulos são benignos. Estes por sua vez podem ser nódulos colóides, neoplasia folicular ou cistos em grande parte. Nódulos autônomos, são aqueles produtores de hormônios que ocasionalmente levam ao hipertireoidismo.
Tireoidite de Hashimoto que é a causa mais comum de hipotireoidismo, é associada a um aumento no risco de surgimento de nódulos na tireóide, assim como a deficiência de iodo nas áreas carentes.
Não se sabe exatamente o que causa o surgimento e crescimento dos nódulos não cancerígenos.
Pontos Importantes para lembrar:
- Nódulos da tireóide geralmente não causam sintomas.
- Testes hormonais costumam ser normais, mesmo em casos de nódulos onde câncer da tireóide está presente.
- A melhor maneira de encontrar um nódulo da tireóide é ter certeza de que seu médico já checou sua tireóide através de um exame.
Como é feito o diagnóstico de um Nódulo da tireóide?
A maioria dos nódulos é descoberto incidentalmente durante um exame da região do pescoço, em exames de check-up que incluem um ultrassom da região cervical ou tomografias de tórax, cervical ou crânio. Uma vez que se descobre o nódulo o endocrinologista determinará se este é o único problema da tireóide ou se toda a glândula endócrina está acometida por outra doença (tireoidite, hipotireoidismo autoimune, hipertireoidismo, etc).
Exames de sangue hormonais também podem suscitar a descoberta de nódulos na tireóide, nos casos de excesso hormonal e hipertireoidismo. Mas em sua maioria os nódulos não modificam a função produtora de hormônios da glândula. Exames iniciais devem incluir a dosagem do T4 e do TSH.
A palpação da tireóide é obrigatória e nela é capaz de saber se toda a glândula está aumentada de tamanho, e se existem outros nódulos palpáveis.
Exames mais detalhados e específicos são necessários para saber se o nódulo é cancerígeno (ultrassom, punção aspirativa, cintilografia).
A) Ultrassom da Tireóide – exame que utiliza ondas sonoras para obter uma imagem da tireóide, podendo determinar o tamanho exato do nódulo, se é sólido ou cístico, ou se tem características associadas a maior risco de malignidade. Tem capacidade de identificar nódulos que não são possíveis de serem palpados no exame físico.
Este exame também é utilizado para monitoramento de nódulos com a finalidade de avaliar o crescimento dos mesmos e a mudança de características que possam indicar um exame de punção por exemplo. É usado para guiar as punções dos nódulos. Raramente por si só o ultrassom pode determinar se um nódulo é um câncer de tireóide.
B) Punção aspirativa com agulha fina – Procedimento simples, realizado por médico e guiado através do ultrassom; feito com a utilização de anestesia local, paciente retorna para casa no mesmo dia, podendo manter suas atividades normais em seguida, ocorrendo apenas leve dor no local da punção. O médico utiliza uma agulha para retirar células do nódulo e enviá-las ao laboratório para examinar (exame de citologia).
Às vezes, medicações anticoagulantes devem ser suspensas alguns dias antes desse procedimento.
Várias amostras de diferentes partes do nódulo devem ser coletadas para aumentar ao máximo a chance de que células cancerígenas sejam coletadas nos casos em que estiverem presentes.
O resultado deste exame pode ser:
Benigno
Nódulos benignos são os resultados de 70-80% das punções, não sendo necessária cirurgia para retirar estes nódulos, exceto casos em que estejam causando compressão no local. Menos de 3% dos resultados podem deixar de diagnosticar um câncer, e esses números ficam menores quando o exame de citologia é revisado por patologista experiente.
Seguimento do nódulo é muito importante, e mesmo quando benigno, em casos de crescimento ao longo do tempo nova punção poderá ser necessária.
Nódulo Maligno ou Suspeito de Malignidade
Câncer é encontrado em aproximadamente 5% das punções, na sua maioria o tipo histológico é o carcinoma papilífero da tireóide, nestes casos a cirurgia para retirada da tireóide está indicada.
Em aproximadamente 10% dos casos o resultado é suspeito para câncer (com risco de que esse nódulo seja realmente um câncer entre 50-75%), sendo necessária nova punção e exames mais detalhados, ou retirada do nódulo através de cirurgia.
Indeterminado
Em até 20% dos exames o resultado é indeterminado o que compreende um grupo diferenciado de possíveis diagnósticos.
Nenhum diagnóstico definitivo pode ser feito, casos em que o exame deve ser refeito ou o nódulo retirado através de cirurgia.
Lesão folicular – em 20-30% esse achado pode ser maligno, mas resultado definitivo só pode ser feito após a retirada através de cirurgia. Considerando que 70-80% dos casos é benigno, apenas parte da glândula tireóide pode ser removida, mas isso deve ser uma decisão individualizada.
Atipia ou lesão folicular de significado indeterminado – raramente são vistas lesões cancerígenas nestes casos, e uma nova punção normalmente é sugerida.
Não diagnóstica ou Inadequada
Este resultado ocorre em menos de 5% dos exames, e indica que um número insuficiente de células foi coletado, mas também é comum na punção de cistos. Normalemnte esse tipo de resultado requer uma nova punção a critério do médico que está avaliando o caso.
C) Cintilografia da Tireóide – Muito usada no passado, mas com o advento do ultrassom e punção com agulha fina, não é mais um método de primeira linha na avaliação da maioria dos nódulos.
Este exame utiliza uma pequena quantidade de compostos radioativos (Iodo 131 por exemplo), para obter uma imagem da glândula tireóide. Normalmente é realizado em pacientes com a suspeita de que o nódulo esteja causando hipertireoidismo devido a uma produção anormal de hormônio tireoidiano.
D) Diagnóstico Molecular
Apesar de pouco difundidos, novos testes que examinam genes do DNA do nódulo estão disponíveis em alguns centros de diagnóstico avançados.
São particularmente úteis quando a amostra examinada pelo patologista é indeterminada.
Como os Nódulos da Tireóide são tratados?
Um cirurgião de cabeça e pescoço experiente deve retirar os nódulos cancerígenos ou suspeitos de malignidade.
A maioria dos cânceres de tireóide são curáveis, e raramente causam problemas que colocam a vida da pessoa em risco.
Nódulos inicialmente classificados como benignos devem ser checados a cada 6 meses ou anualmente, através do exame físico e do ultrassom da tireóide, em alguns casos pode surgir a indicação de punção com agulha fina ao longo do acompanhamento, ou outros exames mais específicos para a avaliação detalhada do mesmo.
A cirurgia para retirada do nódulo também está indicada para os casos em que o nódulo é benigno, mas por ter um crescimento exagerado, passa a incomodar o paciente por sintomas compressivos e por questões estéticas às vezes.